De maio a outubro, as touradas à corda são presença habitual nas festas. A tradição das touradas na Ilha Terceira remonta ao século XVI. Nessa época, havia abundância de gado bovino (mais de 100 mil cabeças). Está intimamente relacionada com a origem dos primeiros povoadores das províncias de Portugal continental com tradições tauromáquicas, e posteriormente, com a presença espanhola. É um espetáculo alegre e movimentado em que o touro tem os movimentos condicionados por uma corda, que é controlada por um grupo de homens.
Após um clima de forte controvérsia, Carlos César, presidente do Governo Regional, tornou público a sua posição de não legalizar na região as sortes de varas (touradas picadas) e as touradas de morte. Surgiram diversas associações de defesa dos direitos dos animais exigindo que os Direitos dos Animais fossem respeitados e melhor protegidos. Consequentemente, a Assembleia Legislativa da R. A. dos Açores (ALRAA) tomou a deliberação de não legalizar na região as sortes de varas e as touradas de morte. Essas decisões contrariaram a vontade de alguns aficionados / agentes tauromáquicos terceirenses de introduzir nos Açores as touradas picadas e a morte dos touros na praça. Esta posição não é contrária aos espetáculos tauromáquicos genuinamente tradicionais em algumas ilhas – as touradas à corda. Tampouco se optou pelo radicalismo de abolir a realização das touradas de praça. A maioria dos açorianos se manifestaram contra todos os atos de crueldade exercidos sobre os touros - inclusivamente o derramamento de sangue do touro ou a sua morte em praça - por mera diversão. A tauromaquia, encarada pelos aficionados como uma arte e espetáculo lúdico, terá sempre que respeitar o bem-estar dos animais.