Em 22 de maio de 1968, o moderno submarino nuclear USS Scorpion (SSN-589) dos EUA desapareceu com toda a sua tripulação - 99 marinheiros, a sudoeste dos Açores. Estava equipado com um reator nuclear e dois torpedos com ogivas nucleares. Foi dado como desaparecido no dia 5 de junho pelo chefe das Operações Navais dos EUA. Exames acústicos oceânicos de diversas estações no Atlântico Norte confirmaram uma implosão. No ano seguinte, em 1969, o submarino USS Trieste II, durante três meses, foi enviado para tentar localizar os seus destroços usando a triangulação e saber o motivo do desastre. Foi construido em 1958.
O submarino USS Scorpion foi avistado pela última vez ao largo dos Açores, a 17 de maio. Regressava à sua base, quando recebeu uma mensagem para mudar de rota, dirigindo-se para as Canárias, onde se encontrava uma força naval ex-União Soviética. Por isso, supôs-se que tinha sido atacado por um submarino soviético. Em agosto de 1985, uma equipa norte-americana liderada Robert Ballart, ex-oficial da Marinha dos EUA, como oceanógrafo e geógrafo, começou sigilosamente as buscas. O rastro dos destroços foi descoberto com ajuda do veículo submarino "Agros". Encontrava-se a 400 milhas (740,8 Km) a sudoeste dos Açores a 3 700 m de profundidade.
Concluiu-se que não houve explosões de torpedos no seu exterior e nem na câmara de torpedos. Na realidade, o submarino se afundou até a zona de implosão - a 600 m de profundidade. Deu-se duas explosões na estrutura, a primeira, na sala de comando, e a segunda, na proa. O reator nuclear S5W foi encontrado intato. Os torpedos com ogivas nucleares não foram achados. A Marinha dos EUA têm feito monitorização periódica no local, não tendo sido comprovada a libertação de radioatividade. O acidente se deveu a infiltrações e avarias elétricas resultantes duma deficiente manutenção, que provocou a perda da propulsão. Em 1986, cinco meses depois do início destas, foram feitas novamente pesquisas pela Marinha dos EUA.