O Santo Espírito é uma freguesia açoriana do município da Vila do Porto, Ilha de Santa Maria. Tem uma superfice total de 26,65 Km2 e 723 habitantes (Censos 2001), o que corresponde a uma densidade populacional de 27,1 Hab./Km2. Integra os lugares do Termo da Igreja, Malbusca, Calheta, Panasco, Glória, Cruz, Cardal, Boavista, Fonte do Jordão, Terras do Raposo, Lapa, Feteirinha, Almas, Santo António, Azenha, Loural e Maia.
- Igreja de N. Sra. da Purificação (Santo Espírito)
- Museu de Santa Maria
- Reserva Florestal de Recreio das Fontinhas,
- Farol de Gonçalo Velho,
Ermida de N. Sra. da da Boa Morte (Santo Espírito) Ermida de N Sra. da Glória (Santo Espírito) Ermida de Santo António (Santo Espírito) Ermida de N. Sra. da Piedade (Santo Espírito) Ermida de N. Sra. dos Prazeres (Santo Espírito) Fábrica da Baleia do Castelo, Lagar de Diogo Santos Faleiro
O Museu de Santa Maria é uma instituição dedicada à etnografia mariense e à divulgação e promoção cultural da Ilha de Santa Maria, localizada na freguesia de Santo Espírito. Integra a rede de museus dos Açores. O acervo do museu é constituído por peças de etnografia, com especial enfoque nas de cerâmica de produção local, utilizadas nas cozinhas e lojas das casas, e nas atividades agrícolas. Integram esse acervo ainda, peças cerâmicas produzidas na vizinha Ilha de São Miguel (na Lagoa) e na Ilha Terceira, assim como peças produzidas em Portugal e outros países europeus. As coleções são datadas dos séculos XIX e XX.
A instituição remonta à recolha de peças feita pelo pároco da freguesia de Santo Espírito, em 1972, pelo Pe. José Maria Amaral e por Arsénio Chaves Puim, instalada numa antiga casa junto à igreja, o "Museu Etnográfico e Paroquial". Após um período de dificuldades para a instituição e seu acervo, o Governo Regional dos Açores tomou posse do imóvel, mudando a designação da instituição para "Casa Etnográfica de Santa Maria". O museu ocupa um imóvel foi erguido no início do Século XX, tendo sofrido algumas alterações ao longo do tempo, não podendo ser considerado como uma casa tipicamente rural. Entre os elementos arquitetónicos mais relevantes, destacam-se a chaminé tubular e o forno bojudo, típicos da arquitetura rural mariense.
Pelo Decreto Regulamentar Regional 25/77/A, de 5 de setembro, no âmbito de uma iniciativa mais ampla em que, ficando na dependência da Secretaria Regional da Educação e Cultura, foram criadas "... nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Pico, São Jorge, Flores e Corvo instituições culturais com a denominação de casa de etnografia, em que serão recolhidos, conservados e expostos objetos de interesse etnográfico". No caso concreto de Santa Maria, o diploma legal referia, no seu preâmbulo, que "... já se encontra reunida uma razoável coleção de materiais etnográficos, a qual, uma vez resolvida a questão de uma condigna instalação, poderá ser desde logo aberta regularmente ao público".
Em 1991 passou à condição de "Museu de Ilha", com orgânica própria e pessoal especializado, iniciando-se o trabalho de estudo das coleções e de adaptação do imóvel às suas novas funções. Foi reinaugurado em 31 de agosto de 1996 como "Museu de Santa Maria". (Arsénio Chaves Puim, A Pesca à Baleia na Ilha de Santa Maria, Vila do Porto: Museu de Santa Maria; Junta de Freguesia do Santo Espírito, 2001)