Enciclopédia Açores XXI
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A área da Paisagem Protegida do Monte da Guia, localizada a SE da cidade da Horta, compreende uma área total de 73 hectares. Engloba o Monte Queimado e seu istmo, a enseada de Entre-Montes, a enseada de Porto Pim e seu areal, o Monte da Guia e toda a área maritíma circundante. Insere-se no complexo vulcânico da Praia do Almoxarife ao longo de um alinhamento de cones vulcânicos.

Com uma altitude de 84 metros, o Monte Queimado, é um cone de piroclastros sub-aério do tipo estromoliano de idade recente. Já o Monte da Guia, como uma altitude de 145 mentros, é um cone de tufo vulcânico que teve origem numa erupção submarina de tipo sutesiano, composto por duas crateras sobrepostas abertas para o oceano, no seu lado Sul. Designadas por Caldeira do Inferno, são também conhecidas por Caldeirinhas, possuem uma extensão longitudinal de 500 metros e largura máxima de cerca 250 metros. Têm como pontos de visita a precorrer em passeio maritímo, a Baia de Entre-montes, a Ponta dos Radades, a Ponta das Furnas, a Boca das Caldeirinhas, a Baia da Graça, Almeida e o Ilhéu Negro. Têm ainda, a Laginha, a Ponta Furada e os ilhéus da Feteira.

Notável a Ermida de N. Sra. da Guia e seu miradouro, notável pela sua extraórdinaria panorâmica da Ilha do Faial e da Montanha do Pico. Possuí ainda um Bunker de Artilharia de Costa da II Guerra Mundial, que se situa num área reservada. Nas antigas instalações da Fábrica da Indústria Baleeira de Porto Pim, junto das ruinas da antiga residência de verão dos Dabney, foi instalado o Museu do Centro do Mar. Pretende-se recuperar o edifício para núcleo museulógico sobre a Familia Dabney. Junto deste, se situa as ruinas do armazém da salga de bacalhau. Encontra-se em fase de conclusão a construção do Aquário Virtual de Porto Pim e em estudo a criação de um Parque Arqueológico Subaquático.

Naufrágio da nau Nossa Senhora da Luz[]

Naufrágio da nau capitania da Carreira da Índia "Nau Nossa Senhora da Luz" em 1615, na Enseada de Porto Pim, freguesia das Angústias, cidade da Horta, na Ilha do Faial. No local, é visível uma vasta área concrecionada (+ 20 metros), por entre a qual se distribuem diversos fragmentos de porcelana, peças em bronze, pedras de lastro e material ferroso. Nalguns setores é visível uma cobertura sedimentar de areia. Foi realizada intervenções arqueológicas em 2002 e 2004. Do seu espólio recolheram-se porcelana chinesa, peças em bronze e vidro. ("Viagem da Birmânia aos Açores Filipe de Brito de Nicote e o naufrágio, no Faial, da nau capitania Nossa Senhora da Luz", Ana Maria Guedes, O Faial e a periferia Açoriana nos sécs. XV a XIX, pág. 141-160; Arquivo dos Açores, Vol. I, Ponta Delgada 1999, pág. 30-167; O Projeto de caraterização arqueológica do sitio de naufrágio da Nossa Senhora da Luz (1615). José Bettencourt, Arqueanova; Relatório dos trabalhos de monitorização do sitio do naufrágio da Nossa Senhora da Luz, Paulo Monteiro, Horta, Açores, 1999.)

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