Ilha de São Jorge, arquipélago dos Açores. Situa-se a 38º 24’ Norte e 28º 33’ Oeste, fica a 20 Km (11 milhas) a norte da Ilha do Pico, 40 Km (21,6 milhas) a Sul da Ilha Graciosa, 30 Km (16,2 milhas) a leste da Ilha do Faial e 60 Km (32,4 milhas) a oeste da Ilha Terceira. Tem superfíce total de 243,66 Km2, tendo Têm 55 Km de comprimento e 17,5 Km de largura e 115 Km de perimetro. A ilha é servida por um Aeroporto, com ligações aereas regulares operadas pela SATA Air Açores com a Terceira (Lajes) e Ponta Delgada. Possui ligações maritímas regulares com os portos da Horta (Ilha do Faial), Madalena e Cais do Pico (Ilha do Pico). É formada por dois municípios: Velas e Calheta.
Geologia[]
A ilha formou-se na direção NM-SE e WNW-ESE ao longo de fraturas tetónicas. Têm 55 Km de comprimento e 17,5 de largura e 115 km de perimetro. Foi formada pelas seguintes complexos vulcânicos ordenadas pela sua antiguidade:
- Complexo vulcânico do Topo -
- Complexo vulcânico dos Rosais -
- Complexo vulcânico das Manadas -
Sua História[]
O povoamento começou por ser povoado por volta de 1480. O flamengo Wilhem van der Hagen ( aportuguesado para Guilherme da Silveira ) fixou-se no sítio do Topo, fundando a povoação do mesmo nome. Ai veio a morrer, encontrando-se sepultado na capela da Casa dos Tiagos.
João Vaz Corte Real, Capitão-do-donatário de Angra (Ilha Terceira), obtem a Capitania da Ilha de São Jorge, a 4 de Maio de 1483. Em 1500, o lugar de Velas é elevada a vila e sede de município. Em 1510, o lugar do Topo é elevado a vila e sede de município. A ilha além da vinha, trigo, milho e inhames, fazia o cultivo do pastel e na colheita de urzela, para exportar para a Flandres e outros países da Europa. A Calheta é elevado a vila e sede de município, a 3 de Junho de 1534.
A Ilha de São Jorge tal como a Ilha Terceira, colocaram-se ao lado de D. António Prior de Crato. A ilha só capitulou após a queda da Ilha Terceira, em 1583. Os jorgenses foram sujeitos a ataques de piratas (argelinos e turcos) e corsários (ingleses e franceses) atacam nas Velas, em 1589 e 1590, (1597 e 1599, que atacam na vila da Calheta.
Em 1625, acontece a captura de habitantes da Fajã de São João por piratas argelinos para serem vendidos como escravos. A Vila das Velas foi assaltada por corsários franceses sob comando de René Duguay-Trouin, em 20 de Setembro de 1708. Os velenses resistiram durante 24 horas, não conseguindo evitar o desembarque. Constituiu-se um núcleo de resistência no sítio das Banquetas, ato que impediu os corsários de ocuparem as povoações mais próximas. Destacou-se neste evento a ação do Sargento-mor Amaro Soares de Sousa.
O lançamento de pesados impostos, originou o Motim dos Inhames na Vila da Calheta e no Norte Grande, em 1697. Na sua origem esteve Francisco Lopes Beirão ao ter arramatado por três anos, desde 1692, o dízimo das miunças e ervagens da ilha pela quantia de 415$000 réis (moeda da altura).
Monumentos, Museus e Jardins[]
Igreja de São Jorge (Matriz) e Museu de Arte Sacra, na Vila das Velas. Torre sineira das Manadas. Museu de São Jorge, na Vila da Calheta. O Parque Florestal das Sete Fontes, nos Rosais, e o Parque Florestal da Silveira na Ribeira Seca. Recomenda-se o Algar do Montoso para quem gosta de espeleologia.
Pico da Esperança é ponto mais alto da ilha, com 1.042 m de altitude, de onde se avistam as restantes ilhas do Grupo Central. A vegetação que cobre estas encostas proporciona uma paisagem invulgar. Alguns abatimentos das altas escarpas deram origem as Fajãs. Destaca-se a Fajã do Ouvidor, Fajã dos Vimes, Fajã dos Cubres, Fajã de São João, Fajã Grande, Fajã da Caldeira de Santo Cristo - o único local nos Açores onde existem amêijoas. Apenas algumas delas têm acesso por estrada. Em resultado do Sismo de 1 de Janeiro de 1980, algumas delas tiveram de ser abandonadas. Na ponta leste da ilha, situa-se a Vila do Topo, com seu farol e ilhéu, onde existem colónias de aves marinhas.