Enciclopédia Açores XXI
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Face a nova conjetura financeira e económica nacional e internacional em 2009 ( aumento do preços dos combustíveis, aumento das taxas de juros, restrições ao crédito bancário a empresas e particulares, retração do consumo e recessão económica, aumento previsível do desemprego e dos subsídios sociais ), o Governo Regional dos Açores aprovou medidas de curto e de médio prazo para ajudar na liquidez das microempresas, pequenas e médias empresas (PMEs) e na proteção os rendimentos das famílias. Apostou no investimento público para relançar a economia e criação de empregos.

Num momento em que o fluxo de turistas, a hotelaria tradicional e a prestação de serviços estão em quebra, o agravamento da crise em 2010 veio dar mais valor à agro-pecuária, a pesca sustentável e necessidade do desenvolvimento de um mercado regional mais auto-suficiente, sobretudo na horto-fruticultura. O setor secundário teve um comportamento negativo, com destaque para o setor da construção civil, a avaliar pela venda de cimento e pelo licenciamento de novas obras.


A dispersão geográfica das ilhas, a sua pequena dimensão e a distância de Portugal continental, causa diversas dificuldades. Uma delas é o elevado tráfego de mercadorias e passageiros com encargos maiores para a economia açoriana. É de suma importância ter uma boa política de transportes aéreos e marítimos – ligações inter-ilhas e de ligações para o exterior da Região.


Atualmente existem seis produtos açorianos protegidos com sistemas DOP e IGP - queijo de São Jorge, queijo do Pico, ananás, maracujá, carne bovina e o mel.

Portugal continental e a Madeira são o mais importante mercado de destino dos produtos açorianos, o comércio com o Estrangeiro desempenha uma crescente importância na economia regional. As importações da Região são sobretudo cereais, combustíveis, maquinaria diversa e matérias-primas, enquanto as exportações da Região se concentra nos laticínios (leite, queijos, manteiga, iogurte), comércio de carne e conservas de peixe (atum) e floricultura.

A dispersão geográfica das ilhas, a sua pequena dimensão e a distância de Portugal continental, origina um elevado tráfego de mercadorias e passageiros. Isto se traduz em encargos maiores para a economia açoriana. É de suma importância ter uma boa política de transportes aéreos e marítimos - inter-ilhas e de ligações para o exterior da Região.

Em 2001, os Açores apresentaram um Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes de 2 230 milhões de Euros. O crescimento do PIB no período 1998 a 2001, o crescimento real da economia regional ultrapassou o crescimento nacional. No que respeita ao PIB per capita em 2001, foi de 9,4 % - valor inferior ao da média nacional 11,9 % e o mais baixo de todo o país. Ainda assim, o crescimento económico foi significativo para o período entre 1997 e 2001. Em 2007, este valor foi de 9,4 %.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB regional cresceu no ano passado em termos reais 2,0 % contra 1,9 % no País. Nos últimos sete anos (2001-2007), a economia aumentou a um ritmo de crescimento médio anual de 2,4%. Em 2007, a atividade económica registou indicadores pouco favoráveis. O abrandamento foi evidente na produção de leite, na construção civil, no turismo, na venda de automóveis e na taxa de desemprego.


No 3.º trimestre de 2011, a população ativa estimada foi de 107 557 indivíduos, mostrando uma diminuição de 1,7 % em relação ao trimestre anterior (de 1 847 empregados). Manteve-se a seguinte distribuição do emprego por sexos - 57,4 % são homens e 42,6 % são mulheres. A população empregada por conta de outrem foi estimada em 89 164 indivíduos (- 2,4 %), correspondendo a 82,9 % da população empregada total. A população empregada por conta própria situou-se em 17 716 indivíduos (+ 5,6 %), o que corresponde a 15,5 % da população empregada total.

O total de desempregados no 3.º trimestre de 2011, está estimado em 14 171 indivíduos (taxa de 11,6 %), o que compara com 11 709 indivíduos no 2.º trimestre (taxa de 9,7 %).

A taxa média de inflação em dezembro de 2011 foi de 3,35 %.

Beneficiários do RSI

Segundo a Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social, existe atualmente 18 283 beneficiários do RSI nos Açores. Cerca de 50% (9 500) são crianças em idade escolar. Cerca de 22% (4 118) têm rendimentos do trabalho. Os restantes 38% são aqueles que não têm rendimento do trabalho. São idosos, pessoas que têm problemas de inserção, que têm falta de competências profissionais. O Governo Regional dos Açores vai envolver, até final do ano, mais de mil beneficiários do RSI em contexto de formação e trabalho. As estatísticas mostram que durante o ano de 2010 foi decrescendo o número de beneficiários do RSI, uma tendência que se inverteu ao longo de 2011 e agora se acentua mais. Em 1999, haviam 27 666 beneficiários do RSI.

Segundo o INE, o número de trabalhadores por conta de outrem (trabalho prestado a empresas com base num contrato) nos Açores, no 2.º trimestre de 2009, ascendia aos 89 100. E destes, 48 600 recebem um salário mensal líquido inferior a 600 Euros por mês. Rui Bettencourt, diretor regional do Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor, em declarações ao Diário Insular, salientou que 57 559 trabalhadores por conta de outrem nas ilhas, apenas 15 946 (27 %) recebem menos de 600 Euros por mês.

Em 2008, estavam sedeadas nos Açores 6 267 empresas, mais 4 % dos que o ano anterior. Segundo os quadros de pessoal relativos a 2008, 5 140 empresas têm menos de 10 trabalhadores e 10 empresas têm 500 ou mais trabalhadores.

Na Região, trabalham 112 596 pessoas. Dessas, 57 559 fazem-no por conta de outrem. Depois, temos cerca de 30 mil funcionários públicos – da administração regional, da função pública do Estado, das autarquias locais, forças de segurança, etc. … Depois, temos cerca de 6 mil empresários, trabalhadores por conta própria e, por exemplo, os funcionários portugueses da Base das Lajes, que não estão incluídos nestas estatística.

Trinta e cinco famílias açorianas pediram a insolvência em tribunais da Região entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012. Outras dez famílias pediram a insolvência, quatro família das quais em 2010; quatro famílias em 2009 e uma família em 2008. O previsível crescimento do desemprego será outra das razões que vai levar as famílias a pediram a insolvência nos tribunais da Região.

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