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A SAD do Santa Clara garantiu em abril de 2011 o pagamento dos salários aos jogadores da equipa açoriana da Liga de Honra em futebol, sem receber desde janeiro, graças a 2 milhões de Euros atribuídos pelo Governo Regional, ao abrigo de um protocolo para promoção do arquipélago. Em comunicado, o presidente do clube justificou o incumprimento das obrigações salariais para com os jogadores com "processo burocrático de constituição da SAD" que passou a gerir o futebol profissional. (Fonte: [http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/desporto/governo-regional-paga-salarios-do-santa-clara Governo regional paga salários do Santa Clara], jornal ''Correio da Manhã'' online de 21/4/2011)
 
A SAD do Santa Clara garantiu em abril de 2011 o pagamento dos salários aos jogadores da equipa açoriana da Liga de Honra em futebol, sem receber desde janeiro, graças a 2 milhões de Euros atribuídos pelo Governo Regional, ao abrigo de um protocolo para promoção do arquipélago. Em comunicado, o presidente do clube justificou o incumprimento das obrigações salariais para com os jogadores com "processo burocrático de constituição da SAD" que passou a gerir o futebol profissional. (Fonte: [http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/desporto/governo-regional-paga-salarios-do-santa-clara Governo regional paga salários do Santa Clara], jornal ''Correio da Manhã'' online de 21/4/2011)
   
O 2.º juízo do Tribunal Judicial de Ponta Delgada declarou a 1 fevereiro de 2012 insolvencia do clube por este não ter a possibilidade de cumprir as obrigações já vencidas e pelo facto do seu passivo ser superior ao ativo. Isso foi devido a uma ação interposta por Pedro Figueiredo, ex-futebolista, atualmente com 44 anos, que alega não receber pensão de invalidez no valor de 2 300 Euros mensais há cerca de um ano, o que perfaz um total de 30 000 Euros.
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O 2.º juízo do Tribunal Judicial de Ponta Delgada declarou a 1 fevereiro de 2012 insolvencia do clube por este não ter a possibilidade de cumprir as obrigações já vencidas e pelo facto do seu passivo ser superior ao ativo. Isso se adeveu a uma ação interposta por Pedro Figueiredo, ex-futebolista, atualmente com 44 anos, que alega não receber pensão de invalidez no valor de 2 300 Euros mensais há cerca de um ano, o que perfaz um total de 30 000 Euros.
   
 
De acordo com o apuramento feito pelo tribunal, o clube é titular de um património imobiliário no valor de 1 730, 93 Euros e tem um passivo de 10 927,351 Euros. Para o tribunal, o clube não deixou de pagar, escolheu antes pagar a uns e não a outros, que ficam anos à espera. Todo o património do clube está hipotecado em primeiro lugar ao Banif, seguindo-se as Finanças, e só depois, surge o ex-futebolista, que faz parte de um grupo de mais de cem credores. Mário Baptista diz que o clube não vai fechar a porta nem vai ser liquidado.
 
De acordo com o apuramento feito pelo tribunal, o clube é titular de um património imobiliário no valor de 1 730, 93 Euros e tem um passivo de 10 927,351 Euros. Para o tribunal, o clube não deixou de pagar, escolheu antes pagar a uns e não a outros, que ficam anos à espera. Todo o património do clube está hipotecado em primeiro lugar ao Banif, seguindo-se as Finanças, e só depois, surge o ex-futebolista, que faz parte de um grupo de mais de cem credores. Mário Baptista diz que o clube não vai fechar a porta nem vai ser liquidado.
   
Depois do CDSC constituir a '''Santa Clara Açores Futebol SAD''' (a 25 de novembro de [[2010]]) deixou de ter 2 milhões de Euros anuais e passando apenas a contar com as receitas provenientes do pagamento das quotas dos sócios, da receita do bar e do ginásio, no montante anual de 200 mil Euros. Antes de transitarem para a SAD, o CDSC tinha 2 milhões de Euros, patrocínios, direitos televisivos, direitos desportivos sobre os atletas, mas da quais o clube é sócio maioritário. (Fonte: Nélia Câmara, no ''Correio dos Açores'')
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Depois de constituir a '''Santa Clara Açores Futebol SAD''' (a 25 de novembro de [[2010]]) o clube deixou de ter 2 milhões de Euros anuais e passou a contar apenas com as receitas provenientes do pagamento das quotas dos sócios, da receita do bar e do ginásio, no montante anual de 200 mil Euros. Antes de transitarem para a SAD, o CDSC tinha 2 milhões de Euros, patrocínios, direitos televisivos, direitos desportivos sobre os atletas, mas da quais o clube é sócio maioritário. (Fonte: Nélia Câmara, no ''Correio dos Açores'')
   
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O Santa Clara ficou detentor de 40% dos 500 mil Euros de capital investido, estando os outros 60% na posse dos acionistas Mário Batista, Miguel Simas, José Jacinto Dias e Carlos Sebastião. A presidir ao Conselho de Administração da SAD ficou Mário Batista, presidente da Direção do CDSC. Os outros dois administradores nomeados foram André Cabral e Domingos Viveiros. Costa Martins e Alfredo Azevedo presidem à Assembleia-geral.
Santa Clara foi o primeiro clube dos Açores a criar uma SAD (sociedade anónima desportiva). Para Cruz Marques, anterior presidente do clube, era a solução mais viável para assegurar o futuro do clube. Aliviar os problemas financeiros e direcionar o dinheiro para amortizar as dívidas do clube, era a estratégia. Uma das condições era o clube deter a maioria do capital.
 
   
O Santa Clara ficou detentor de 40% dos 500 mil Euros de capital investido, estando os outros 60% na posse dos acionistas Mário Batista, Miguel Simas, José Jacinto Dias e Carlos Sebastião. A presidir ao Conselho de Administração da SAD ficou Mário Batista, presidente da Direção do CDSC. Os outros dois administradores nomeados foram André Cabral e Domingos Viveiros. Costa Martins e Alfredo Azevedo presidem à Assembleia-geral. (Fonte: José Garcia, ''AçoresDigital'' de 26/11/2010)
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Santa Clara foi o primeiro clube dos Açores a criar uma SAD (sociedade anónima desportiva). Para Cruz Marques, anterior presidente do clube, era a solução mais viável para assegurar o futuro do clube. Aliviar os problemas financeiros e direcionar o dinheiro para amortizar as dívidas do clube, era a estratégia. Uma das condições era o clube deter a maioria do capital. (Fonte: José Garcia, ''AçoresDigital'' de 26/11/2010)
   
 
== Saiba Mais ==
 
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Revisão das 19h23min de 2 de fevereiro de 2012

O Clube Desportivo de Santa Clara (CDSC) foi fundado em Ponta Delgada a 21 de junho de 1927. É o clube mais representativo dos Açores. Além do fubebol, possui equipas nas modalidades de futsal feminino e hóquei em patins. Os seus maiores feitos foram a conquista do Campeonato Nacional da Liga de Honra em 1997/1998, do Campeonato Nacional da II Liga em 2000/2001, e 3 presenças na Primeira Liga. O jogador Paulo Pauleta iniciou nesse clube a sua carreira, em 1991. Mário Jorge Freita Batista é o atual presidente da Direção do CDSC e do Santa Clara Açores Futebol SAD.

Símbolos do clube

O emblema do CDSC é constituído por um açor encimando uma roda de bicicleta, com o pavilhão do clube ao meio e sobre aquela, com fundo vermelho e branco em metades horizontais iguais, ao meio do qual assenta uma bola e, sobre esta, uma lista diagonal com as iniciais do clube. Sob o açor, e sobre o pavilhão, existe um listel transversal em latim com a apologia do clube: “MENS SANA IN CORPORE SANO” (mente sã em corpo são). O equipamento base do CDSC é vermelho (a camisola) e branco (o calção).

Sua História

A sua fundação resultou dum fenómeno sócio-desportivo iniciando nos finais de 1917, em Ponta Delgada. Teve o seu apogeu entre 1919 e 1920, com o auge da animada disputa dos "Campeonatos de Santa Clara", competição na qual participavam equipas em representação de algumas "lojas de Santa Clara". É o herdeiro natural de dois clubes - o "Santa Clara Futebol Club" e o "Sport Club Santa Clara". Estes clubes já eram filiados na Associação de Futebol de São Miguel, hoje Associação de Futebol de Ponta Delgada.

A primeira Direção foi eleita a 12 de maio de 1927. Eduardo dos Reis Rebelo foi eleito presidente da Direção. Seus estatutos sido aprovados a 21 de junho, na Assembleia-geral para o efeito convocada e presidida por João Joaquim Vicente Júnior, seu 1º vice-presidente. A 6 de agosto, o Santa Clara solicitou a sua inscrição na Associação de Futebol de São Miguel. A constituição do clube foi concluida a 29 julho, com a concessão pelo Governo Civil de Ponta Delgada do respetivo alvará. A 20 de novembro de 1927, tendo como adversário o Clube União Micaelense, o Santa Clara realizou o seu primeiro jogo oficial.

A 31 de janeiro de 1935, foi inaugurado oficialmente (já lá estava instalado desde novembro de 1934) aquela que ainda hoje é a sua sede, considerada então a melhor sede de um clube de futebol nos Açores. Em Maio deste mesmo ano, tornou-se no primeiro clube de futebol açoriano a deslocar-se a Portugal, digressão durante a qual defrontou, entre outros, o Sport Lisboa e Benfica (SLB).

Futuro do clube

Não obstante as melhorias conseguidas recentemente, o elevado serviço de dívida herdado do passado continua condicionando a gestão desportiva do clube. Mário Batista, prsidente do CDSC, colocou a ênfase na preocupação permanente em recuperar a saúde financeira do clube. Antes procuravam-se jogadores consagrados, naturalmente pagos como tal. Na maioria das vezes em fim de carreira, e por isso, com uma relação custo/benefício duvidosa se não mesmo nula. Nas duas últimas temporadas, o clube tem vindo a formar planteis assentes em jovens, com elevado potencial, sendo os seus custos naturalmente mais baixos e razoavelmente elevada a possibilidade de os valorizar. (Fonte: "Contenção orçamental continua", website CDSC de 23/6/2010)

A SAD do Santa Clara garantiu em abril de 2011 o pagamento dos salários aos jogadores da equipa açoriana da Liga de Honra em futebol, sem receber desde janeiro, graças a 2 milhões de Euros atribuídos pelo Governo Regional, ao abrigo de um protocolo para promoção do arquipélago. Em comunicado, o presidente do clube justificou o incumprimento das obrigações salariais para com os jogadores com "processo burocrático de constituição da SAD" que passou a gerir o futebol profissional. (Fonte: Governo regional paga salários do Santa Clara, jornal Correio da Manhã online de 21/4/2011)

O 2.º juízo do Tribunal Judicial de Ponta Delgada declarou a 1 fevereiro de 2012 insolvencia do clube por este não ter a possibilidade de cumprir as obrigações já vencidas e pelo facto do seu passivo ser superior ao ativo. Isso se adeveu a uma ação interposta por Pedro Figueiredo, ex-futebolista, atualmente com 44 anos, que alega não receber pensão de invalidez no valor de 2 300 Euros mensais há cerca de um ano, o que perfaz um total de 30 000 Euros.

De acordo com o apuramento feito pelo tribunal, o clube é titular de um património imobiliário no valor de 1 730, 93 Euros e tem um passivo de 10 927,351 Euros. Para o tribunal, o clube não deixou de pagar, escolheu antes pagar a uns e não a outros, que ficam anos à espera. Todo o património do clube está hipotecado em primeiro lugar ao Banif, seguindo-se as Finanças, e só depois, surge o ex-futebolista, que faz parte de um grupo de mais de cem credores. Mário Baptista diz que o clube não vai fechar a porta nem vai ser liquidado.

Depois de constituir a Santa Clara Açores Futebol SAD (a 25 de novembro de 2010) o clube deixou de ter 2 milhões de Euros anuais e passou a contar apenas com as receitas provenientes do pagamento das quotas dos sócios, da receita do bar e do ginásio, no montante anual de 200 mil Euros. Antes de transitarem para a SAD, o CDSC tinha 2 milhões de Euros, patrocínios, direitos televisivos, direitos desportivos sobre os atletas, mas da quais o clube é sócio maioritário. (Fonte: Nélia Câmara, no Correio dos Açores)

O Santa Clara ficou detentor de 40% dos 500 mil Euros de capital investido, estando os outros 60% na posse dos acionistas Mário Batista, Miguel Simas, José Jacinto Dias e Carlos Sebastião. A presidir ao Conselho de Administração da SAD ficou Mário Batista, presidente da Direção do CDSC. Os outros dois administradores nomeados foram André Cabral e Domingos Viveiros. Costa Martins e Alfredo Azevedo presidem à Assembleia-geral.

Santa Clara foi o primeiro clube dos Açores a criar uma SAD (sociedade anónima desportiva). Para Cruz Marques, anterior presidente do clube, era a solução mais viável para assegurar o futuro do clube. Aliviar os problemas financeiros e direcionar o dinheiro para amortizar as dívidas do clube, era a estratégia. Uma das condições era o clube deter a maioria do capital. (Fonte: José Garcia, AçoresDigital de 26/11/2010)

Saiba Mais

  • Eduardo dos Reis Rebelo
  • Mário Jorge Freita Batista
  • Manuel da Cruz Marques
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