Enciclopédia Açores XXI
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Castelo Branco é uma freguesia portuguesa do município da Horta, na Ilha do Faial, Região Autónoma dos Açores. Ocupa uma superfície total de 24,33 km² com 1 349 habitantes (2001). Possuí uma densidade populacional de 55,4 hab./km². A freguesia conta com 1 117 eleitores inscritos (Autárquicas 2005).

Geografia

Deu o nome à freguesia, o morro vulcânico de rocha esbranciçada - com 149 metros de altura - que sugere o perfil de um castelo medieval. É por isso chamado de "Castelo Branco". O Morro de Castelo Branco é um dolmo vulcânico formado à 10 mil anos, ligado à Ilha do Faial por um istmo muito estreito. Vale a pena visitá-lo, quanto mais não seja pelas encantadoras vistas em todas as direções que durante o dia e ao anoitecer que dali se observar. Junto dele situa-se a Gruta dos Anelares. O Porto de Castelo Branco, antigo cais piscatório, agora transformado uma zona balnear. Os principais cursos de água da freguesia são: a Ribeira de Santa Catarina, a Ribeira Grande e a Ribeira da Lombega.

História, Monumentos e Museus

O primeiro documento que refere à freguesia e sua igreja, data de 30 de Julho de 1568, não obstante o primeiro assento paroquial tenha a data de 1643, um óbito. O Rei D. Manuel I, por alvará de 10 de Julho de 1514, manda fornecer os ornamentos necessários ao culto. A primitiva igreja paroquial foi construída logo após da construção das igrejas paroquiais da Horta, da Feteira e dos Flamengos. Era uma igreja de 3 naves sobre 5 colunas. (Saudades da Terra, Gaspar Frutuoso, Vol. VI Cap. 37) Diz a tradição, que existiu em Castelo Branco até ao ano de 1580, umas casas de retiro de freiras. Devido ao perigo dos corsários e piratas, buscaram refúgio na Horta, no Convento de S. João. Em 1643, a freguesia tinha 1 042 habitantes distribuídos por 245 fogos. (Espelho Cristalino, Diogo das Chagas, pág. 478) Em 1767, a primitiva igreja é substituída pela atual, com o orago de Santa Catarina de Alexandria.

Sobretudo a partir de 1957, com a vaga migratória para a Europa e América do Norte, veio reduzir em muito a população da freguesia. Para além de causas económicas, a erupção do Vulcão dos Capelinhos contribuiu em muito para a imigração. O número de habitantes tem vindo a aumentar nos últimos anos, depois da grande quebra demográfica de meados do Século XX.

A 9,5 km a ocidente da cidade da Horta, localiza-se o Aeroporto Internacional da Horta, distinção obtida em Dezembro de 2002, fundamental para a economia da região e de toda a ilha. Foi inaugurado em 24 de Agosto de 1971, pelo então Presidente da República, o Almirante Américo Tomás. Têm inicio a 5 de Julho de 1985, ligações diretas entre Lisboa e Horta operadas pela TAP. Presentemente, deseja-se a ampliação da pista (de 1 700 por 45 metros) em 275/300 metros e a instalação do ILS (Sistema de Aterragem por Instrumentos). Isso permitirá a aterragem dos Airbus com uma maior margem de segurança e sem que os aviões sofram as habituais penalizações técnicas. Desse modo, espera-se que o aeroporto venha a receber voos chater diretos dos EUA.

Tradições, Festas e Curiosidades

festas do Culto ao Devino Espirito Santo Festa de S. Pedro (Junho), Festa de N. Sra. de Lurdes (15 de Agosto), Festa de Sta. Catarina de Alexandria (25 de Novembro). Em termos de coletividades, destaca-se a Sociedade Filarmónica Euterpe de Castelo Branco, fundada em 12 de Abril de 1912, um dos orgulhos da freguesia. Destaca-se ainda o Futebol Clube de Castelo Branco, fundado em 1917, bem como o seu apoio exemplar dado aos atletas do Desporto Adaptado, na pessoa do seu Presidente.

Se pretender marcar uma visita ao Aeroporto da Horta, deve contatar o Centro Operacional do Aeroporto, com uma antecedência de 8 dias. A nível do artesanato local, destaca-se a coleção em miniatura de alfaias agrícolas em madeira de António Duarte, na Canada de Santa Catarina. Cada peça é tão real e pormenorizada que ficamos boquiabertos.

Economia

A agro-pecuária é a principal actividade económica da população. Possuindo um dos melhores solos da ilha, a freguesia produzia em tempos que já lá vão uma grande diversidade de produtos (trigo, centeio, cevada, junça e abóboras). Também a cana do açúcar, a filaça, o milho e o chá tiveram expressão na produção agrícola da freguesia, e até à bem pouco tempo ainda se cultivava tabaco. Voltada para o mar, a freguesia foi ainda uma das principais localidades piscatórias da ilha e na atividade baleeira.

Muitas das pessoas que trabalham na agricultura, exercem-na como atividade secundária, sendo que a criação de gado (bovino e suíno) e a produção de leite que assegura de forma efectiva a sua sobrevivência. Na Lombega, situa-se uma importante indústria de panificação. A inauguração do Aeroporto da Horta teve um papel muito dinamizador da freguesia e de toda a ilha. O turismo tem merecido uma crescente atenção.

Ligações externas

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